Primeira reunião de cúpula do Urban20, presidido por Rio e São Paulo, começa nesta segunda-feira – Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro
O primeiro encontro do Urban20 (U20), grupo de engajamento das cidades do G20 – grupo das principais economias do mundo – reunirá autoridades de 38 municípios, nesta segunda-feira (17/6) e terça-feira (18/6), no Instituto Tomie Ohtake, na capital paulista. O grupo é co-presidido pelos municípios do Rio de Janeiro e São Paulo. Um dos objetivos principais da reunião é reforçar o papel de governos locais como líderes econômicos e políticos mundiais. Entre as pautas fundamentais está o combate ao aquecimento global.
– As ações de enfrentamento das mudanças climáticas estão nas cidades, que são os motores do crescimento econômico e representam mais de 80% do PIB mundial. Mas são necessários mecanismos, dentro da governança global, que garantam acesso o financiamento internacional às cidades. Os municípios dos países em desenvolvimento têm potencial para atrair cerca de US$ 30 bilhões em investimentos relacionados ao clima até 2030. O G20 é uma oportunidade única para mostramos às maiores lideranças mundiais a importância da reforma financeira global – afirmou o prefeito do Rio, Eduardo Paes.
– A cúpula de prefeitos é o principal evento do U20, uma grande oportunidade para debater ideias e elaborar políticas públicas comprometidas com o desenvolvimento urbano sustentável. A cidade de São Paulo tem a honra de sediar tão importante encontro e, na nossa tradição em receber bem, deseja uma excelente participação e experiência a todos – destacou o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes.
O encontro busca promover a diplomacia urbana, discutir as prioridades estabelecidas pela presidência do G20 sob a perspectiva urbana, planejar ações e favorecer novos negócios e a cooperação internacional entre os municípios do U20.
– A co-presidência com São Paulo é fundamental e demonstra nossa prioridade em avançar o desenvolvimento urbano sustentável e a resiliência nas cidades no Brasil e no mundo. São duas das maiores cidades do Sul Global levando a cabo um debate de alto nível com outros prefeitos do G20, prontos para reverter o atual quadro de desigualdade global e mitigar os impactos ambientais e sociais das mudanças climáticas. Esse esforço conjunto visa produzir um entendimento internacional comum sobre a importância das políticas públicas urbanas, de encontrar soluções inovadoras sustentáveis e meios de implementação delas, construindo um futuro mais justo e equitativo para todos – disse Antônio Mariano, coordenador de Relações Internacionais da cidade do Rio.
– O Urban 20 é uma iniciativa de diplomacia que congrega cidades dos países membros do G20, com o objetivo de promover o debate e a articulação política de recomendações nas pautas de economia, clima e desenvolvimento dos governos locais, buscando sensibilizar os líderes do G20 quanto a importância e necessidade das cidades participarem em discussões de importância global. O Fórum Urbano será uma oportunidade de cooperação entre cidades globais, de troca de experiências entre os países, além de facilitar a prospecção de investimentos e de poder apresentar, para o mundo, as principais políticas públicas da Prefeitura de São Paulo – afirmou a secretária-adjunta de Relações Internacionais da Prefeitura de São Paulo, embaixadora Maria Auxiliadora Figueiredo.
O ciclo do U20 sob a co-presidência de Rio e São Paulo terá duas novidades. A primeira é a oportunidade de apresentar as principais recomendações para a presidência do G20 ainda na terceira rodada de negociações do Sherpas. A reunião está prevista para 3 a 5 de julho na cidade o Rio de Janeiro.
A segunda é que a próxima Cúpula do U20, em novembro, no Rio, será realizada, pela primeira vez, na véspera do encontro entre chefes de Estado e de governo do G20. Como a estrutura local lida mais diretamente com as crises, desde a desigualdade econômica até as catástrofes climáticas, a realização do encontro de prefeitos às vésperas da cúpula do G20 pode promover relevante influência nas discussões de chefes de Estados quanto à governança global e entre os diversos níveis da administração pública.
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