Jornada Paulista de Dança inicia atividades em julho
Com início no dia 8 de julho, a Jornada Paulista de Dança traz 10 propostas artísticas para uma residência de criação e compartilhamento de conhecimento na São Paulo Escola de Dança (Sped), instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, com gestão da Associação Pró-Dança. As propostas serão desenvolvidas no período pelos grupos selecionados. A coordenação da Jornada Paulista de Dança é de Jussara Muller e a direção artística e educacional de Inês Bogéa.
São 10 grupos aprovados para todo o período de residência artística na São Paulo Escola de Dança, de 8 a 13 de julho, sendo oito da região metropolitana e dois da capital paulista. As companhias selecionadas são Avant Scéne, de Sorocaba; Balé da Cidade, de Taubaté; CLP Cia Municipal de Dança, de Campo Limpo; Cia Mudança, de Presidente Prudente; Cia Jovem, de São José dos Campos; Companhia de Dança Vanessa França, de Campinas; Corpo de Baile, de Caraguatatuba; Plataforma 23, de Ribeirão Preto. Representando a capital, foram selecionados os grupos Divinadança e Intuição Companhia de Dança.
Durante toda a semana, diretores, coreógrafos e bailarinos participarão de workshops, vivências criativas e mesas, compartilhando saberes, enriquecendo assim a jornada educativa. Os diálogos abrirão caminhos para reflexões sobre a dança, potencializando a troca de vivências da comunidade.
A programação da Jornada inclui oficinas propostas pelos coreógrafos, processos criativos compartilhados entre os grupos, mesas de discussão sobre dança e sustentabilidade, bem como discussões sobre comunicação e mídia para grupos e companhias e figurinos de dança upcycling.
“A Jornada Paulista de Dança é uma oportunidade para explorar a riqueza, os percursos vividos de cada grupo ou coletivo e a diversidade da dança no estado de São Paulo. É um espaço de partilha de experiências e de aprendizado conjunto e estamos muito felizes de receber esses grupos tão diversos para uma experiência inspiradora e significativa”, ressalta Inês Bogéa, diretora artística e educacional da São Paulo Escola de Dança.
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Jornada Paulista de Dança terá espetáculos gratuitos
Entre os dias 11 e 13 de julho, os grupos participantes da Jornada Paulista de Dança farão apresentações abertas ao público, no próprio ambiente da São Paulo Escola de Dança, para mostrar o resultado de todas as vivências do período. Os ingressos serão distribuídos uma hora antes do início de cada dia de apresentações.
Programação dos espetáculos
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Quinta (11) – 19h às 20h30
Ai! Terra, Gente e Dor – Cia Mudança de Presidente Prudente
As muitas dores sentidas pela terra, provocadas por humanos, é disparador da dramaturgia, a obra estabelece relações com arte contemporânea, sustentabilidade e cidadania, aponta problemáticas recorrentes das relações dissonantes e as transforma em proposição de dança.
“ID” – Avant Scène (Sorocaba)
“ID” fala sobre identidade e explora os caminhos que constituem o ser humano – o que nos torna quem somos, únicos representantes de nossas histórias e moldados pelas nossas relações com o mundo, com a sociedade, com o espaço, nossas crenças e valores, com nossas expectativas, medos e anseios.
(In)Visível – CLP Cia Municipal de Dança (Campo Limpo Paulista)
O espetáculo (In)Visível mostra que é preciso olhar para trás para seguir em frente, reconhecer sua história e torná-la diferente. Carolina escrevia… e foi aí que encontrou seu refúgio e sua liberdade. Residir e resistir… Emergir… em um espetáculo de dança contemporânea inspirado na vida e obra de Carolina Maria de Jesus, tendo como disparador, o livro “Quarto de despejo: diário de uma favelada”.
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Sexta (12) – 19h às 20h30
Rosa que te quero minha – Divinadança (São Paulo)
Rosa que te quero minha é um espetáculo/jogo cênico onde a partir da protagonista as cenas vão se desdobrando e ganhando dinâmicas distintas. Com um fundo musical de músicas clássicas, Rosa que te quero minha também traz para a cena irreverência e singularidade pois dialoga com a pesquisa em dramaturgia a partir de uma combinação de movimento, gesto e estado num diálogo protagonizado pela Rosa.
Rasgo – Companhia de Dança Vanessa França (Campinas)
Rasgo é construído e vivido por mulheres, que exploram a partir de suas experiências as nuances sutis e brutais que permeiam o universo feminino. Abrange a individualidade de cada uma, assim como questões coletivas e sociais.
“Acúmulo, um diálogo sobre o cansaço” – Plataforma 23 (Ribeirão Preto)
Excessos, repetições, um cansaço extremo daquilo que tocamos e acumulamos. Histórias inteiras sobrepostas sobre nós mesmos em corpos e cômodos. Através do labirinto de histórias pessoais que residem nos objetos e emoções que acumulamos ao longo de nossas vidas, o público é convidado a refletir sobre a ligação entre a bagagem física e emocional que carregamos, como isso molda nossa identidade e como podemos encontrar liberdade ao desapegar.
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Coisa Pequena – Corpo Baile de Caraguatatuba
O espetáculo “Coisa Pequena” foi inspirado nos textos de Manoel de Barros e foi concebido para espaços públicos alternativos. A obra propõe reflexões sobre a forma com que nos relacionamos com o tempo quase sempre encarado como produtivo e lucrativo, propondo, em contramão a isso, um olhar contemplativo a partir de observações sensoriais sobre a vida.
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Sábado (13) – 19h às 20h30
Epifania – Intuição Cia de Dança (São Paulo)
O cenário, composto por 27 portas brancas, configura-se como um mosaico simbólico de estímulos externos e acessos individuais internos. A epifania, enquanto momento efêmero de discernimento existencial, personifica a eloquência poética do instante, onde os sentidos se exaltam e a vida pulsa em sua plenitude.
Qorpo Santo – Balé da Cidade de Taubaté
O espetáculo “Qorpo-Santo” é uma criação coreográfica iniciada como pesquisa de linguagem, fundindo os conceitos e ideias do diretor polonês Jerzy Grotowsky, o Teatro Físico e o Teatro Pobre.
Onírico – Cia Jovem de Dança de São José dos Campos
“Onírico” retrata as fantasias e ilusões do indivíduo em estado de inconsciência. A partir de sonhos relatados pelos intérpretes o roteiro ganha forma. A dramaturgia traduz em movimentos os devaneios oníricos.
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