Em uma ação estratégica de saúde pública, a Prefeitura de João Pessoa, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES-PB), promoveu uma capacitação especializada para os profissionais que atuam nas unidades de saúde do sistema prisional da Capital paraibana. O objetivo é garantir a eficácia da vacinação de rotina entre a população privada de liberdade, com ênfase na prevenção de doenças altamente transmissíveis.
A vacinação nas unidades prisionais prioriza imunização com as doses do calendário de rotina, principalmente com as vacinas que previnem contra o sarampo, varicela, influenza, Covid-19, dT e hepatite B. A capacitação integra o esforço contínuo do Município para ampliar a cobertura vacinal em todos os públicos prioritários. Com isso, João Pessoa reforça seu compromisso com a equidade no acesso à saúde e o controle de doenças imunopreveníveis.
A ação preventiva será direcionada a cerca de quatro mil detentos dos Presídios Desembargador Flóscolo da Nóbrega (Róger), Desembargador Sílvio Porto, de Segurança Máxima Criminalista Geraldo Beltrão, Segurança Máxima Doutor Romeu Gonçalves de Abrantes (PB1), de Reeducação Feminina Maria Júlia Maranhão e de Segurança Média Juiz Hitler Cantalice.
A capacitação, realizada nesta quinta-feira (4), abordou as atualizações das notas técnicas e diretrizes do Programa Nacional de Imunizações (PNI), além de esclarecer fluxos e protocolos voltados à imunização em ambientes de privação de liberdade, locais reconhecidos pelo alto risco de surtos, dada a aglomeração e a circulação restrita.
“É fundamental manter essa população protegida. As pessoas privadas de liberdade fazem parte do grupo prioritário para vacinação, não apenas para sua proteção individual, mas como uma medida de saúde coletiva, que visa a segurança também dos trabalhadores e visitantes do local”, destacou Fernando Virgolino, chefe da Seção de Imunização da Prefeitura de João Pessoa.
Inicialmente a programação vacinal nas unidades prisionais inclui as vacinas tríplice viral (que protege contra sarampo, caxumba e rubéola) e Covid-19. Sobretudo a proteção é planejada também para a extensão da ação com a prevenção com as doses da varicela (catapora), influenza, dT e hepatite B, considerando o perfil epidemiológico e a alta transmissibilidade de vírus em ambientes fechados.
“A vacinação nos presídios não é apenas uma questão de cuidado com os apenados. É uma ação estratégica para impedir que surtos comecem dentro e se espalhem para fora dos muros”, completou o coordenador de Imunização.
A Secretaria Municipal de Saúde reforça que o enfrentamento de doenças como sarampo, varicela e outras doenças imunopreveníveis requer vigilância constante, informação técnica atualizada e, acima de tudo, compromisso de toda a população com a atenção e atualização do cartão de vacina de crianças, adolescentes, adultos e idosos.